Amare Laborare
Eu sabia que havia ali uma casca de banana. Eu a tinha visto! E qualquer ser conhece os efeitos de se pisar numa casca de banana.
Mas a vida teima em medir minha altura, vertical, ou horizontalmente. O quão mais rápido eu chego ao chão. O improvável acontece. A casca de banana me derruba. Vou ao solo como quem cai de braços abertos na cama após um dia laborioso. Uma vida de estróina esparramada pelo chão, mal-ajambrada.
Cabelo deitado na terra, ali permaneço. Sem causar furor algum, como uma biografia completamente desinteressante. Eu estou desaparecido. Tal qual um jazz tocando num bar tão longe, que não existe. Mas ainda que desaparecido, eu existo e persisto.
E a casca de banana me fazendo ver um céu novo para mim. Após breve observação concluo que o mar é azul por refletir o céu, dores são lilases e formam galáxias, saudade tem cheiro, desejos doem, felicidade molha a camisa e tristezas mancam da perna esquerda.
Ainda tenho ameaças na sola do sapato. Tenho também clichês azuis e metáforas de menta para momentos de conflitos poéticos. Eu escorrego na sua boca dizendo que fui a poesia que lhe faltava. Se sou o que faltava, prometo-lhe transbordar. Meu toque no seu rosto é para desentender a textura de sua arte.Vida reerguida de solavanco. Aguardando a próxima casca de banana.
Mas a vida teima em medir minha altura, vertical, ou horizontalmente. O quão mais rápido eu chego ao chão. O improvável acontece. A casca de banana me derruba. Vou ao solo como quem cai de braços abertos na cama após um dia laborioso. Uma vida de estróina esparramada pelo chão, mal-ajambrada.
Cabelo deitado na terra, ali permaneço. Sem causar furor algum, como uma biografia completamente desinteressante. Eu estou desaparecido. Tal qual um jazz tocando num bar tão longe, que não existe. Mas ainda que desaparecido, eu existo e persisto.
E a casca de banana me fazendo ver um céu novo para mim. Após breve observação concluo que o mar é azul por refletir o céu, dores são lilases e formam galáxias, saudade tem cheiro, desejos doem, felicidade molha a camisa e tristezas mancam da perna esquerda.
Ainda tenho ameaças na sola do sapato. Tenho também clichês azuis e metáforas de menta para momentos de conflitos poéticos. Eu escorrego na sua boca dizendo que fui a poesia que lhe faltava. Se sou o que faltava, prometo-lhe transbordar. Meu toque no seu rosto é para desentender a textura de sua arte.Vida reerguida de solavanco. Aguardando a próxima casca de banana.
3 Comments:
Use bastante esta casca de banana, depois manda ela p mim. Pq se esta for sua fonte de inspiração, tudo q eu mais quero e preciso é enchergar este céu! Um beijo meu amigo poeta, vc é tudo de bom... Te adoro, e só se for muito, tá!
caríssimo,
puta que pariu, minha sogra inexistente pelada! eu amo quando você faz analogias como essas do fim do texto. eu amo analogias! AMO!
"...saudade tem cheiro, desejos doem, felicidade molha a camisa e tristezas mancam da perna esquerda."
vamos cair mais. vamos transbordar, vamos filtrar e tirar um pouco do ácido da nossa água pra colocar no papel, ou no mundo virtual. vamos digitar até nossos dedos ficarem com calos ou nossos braços adquirirem uma LER imaginária.
ainda estou esperando nossas junções, nossos brain storms, nossas noites de cuba e poesia. (porque eu não consigo tomar vinho. não desce.)
e ainda aguardo o dia em que me ensinarás a tomar o mr. walker
É Bidu.. não sei pq vc quer ir onde tem cascas de banana.. vc não precisa cair para ver o céu, muito menos os seus pés!!! Precisar cair pra ver algo, é só para aqueles q não podem vem enquanto eretos!!
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